- As que têm o elástico demasiado apertado, que cortam a circulação e restringem em demasia. - As que quase não têm elástico, que estão sempre a cair para os calcanhares, não expedindo confiança nenhuma, só desconforto. - A peúga perfeita. Nem é demasiado apertada nem demasiado folgada. Transmite segurança em dose suficiente e não nos obriga a estar constantemente a aplicar retoques.
Infelizmente, encontrar a peúga perfeita não é algo que aconteça da noite para o dia. É preciso experimentar vários tipos diferentes de peúgas até conseguirmos descobrir aquela que procuramos. São poucas as pessoas que acham a peúga perfeita logo à primeira tentativa. Mas desenganem-se aqueles que pensam que depois de encontrada a peúga ideal fica o trabalho todo feito. Longe disso. A peúga perfeita requer cuidados e muito trato. O desleixo com a manutenção da peúga pode levar à sua deterioração ou até a que essa mesma peúga se misture com outras, nesse universo desconhecido que é a gaveta da roupa interior. Assim, tal como há peúgas de lã que têm de ser lavadas a temperaturas quentes, outras há que só podem ir a banhos em temperaturas mais frias. Um tratamento idêntico para todas as peúgas é algo que simplesmente não resulta. Leva-as a perder aquela sensação de segurança de que tanto se gosta. A peúga perfeita não só é difícil de encontrar, como também é trabalhosa a manter. É por isso que, para mim, a peúga é a verdadeira metáfora dos relacionamentos. O mesmo processo de descoberta da peúga perfeita é aplicado na demanda pela nossa cara-metade. Uma incessante procura pela companhia perfeita e o constante trabalho tido para não a desmerecer. Para que um dia não se finde de forma abrupta. Com buracos, frouxa e a cheirar mal.
Cara Aive, falei das peúgas porque é algo com o qual ainda estou minimamente familiarizado. Agora collants... fazem parte de um universo desconhecido. Mas pela tua descrição, acredito que sim!