De cada vez que vou às compras a um qualquer super ou hipermercado, reparo sempre numa coisa: poucas são as pessoas que dominam a técnica de bem conduzir carrinhos de supermercado.
Ou ocupam um corredor inteiro a circularem lentamente com o seu auxiliar de compras, ou deixam o carrinho mal parado enquanto seleccionam a manteiga de amendoim mais barata.
É inevitável.
E ai daquele que faça uma qualquer chamada de atenção ou exprima descontentamento com a situação! Será prontamente apelidado de Fascista do Carrinho ou algo do género.
O que faz falta nessas superfícies comerciais é uma força policial destinada a zelar pela livre e fluida circulação pelos corredores. Uma Brigada de Trânsito dos carrinhos de supermercado autorizada a passar multas e rebocar os carrinhos que inviabilizam a circulação.
Não estão a visualizar a cena? Um carrinho parado ao pé dos pacotes de arroz, no meio do corredor, a condicionar o trânsito, sem o seu dono por perto. Chega o agente da autoridade, saca do seu bloco de notas e começa a passar uma multa por mau estacionamento. Nisto, aparece uma senhora muito apressada que prontamente inicia diálogo:
Senhora - “Não me multe, eu estava só a escolher uma latinha de feijão-fradinho”.
Agente da autoridade – “Lamento. Se tivesse respeitado as regras de conduta de corredor de supermercado isto não tinha de acontecer”.
Senhora – “Ainda me lembro dos velhos tempos em que podia deixar o carrinho atravessado impunemente… malvada sejas, Brigada de Trânsito dos Carrinhos!”.
Seria o fim das dores de cabeça trazidas pelos inúmeros pedidos de “com licença, podia-me deixar passar?” e tempo perdido atrás de velhinhas que tentam bater recordes de lentidão pelos corredores fora.
Fica a sugestão.
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