Portugal. País de brandos costumes e do maior assador de castanhas do mundo. Terra de seculares tradições. Fado. Futebol. Iscas com elas e pataniscas de bacalhau. E rotundas. Há duas coisas na vida que me custam realmente a entender:
- o porquê de Camacho insistir no Di Maria na ala direita quando está mais que visto que o homem só tem pé direito para sair do autocarro. - a fixação dos autarcas em construir rotundas.
E dizem vocês, "Epá, ò Inútil, o gajo joga na direita porque assim pode flectir para o centro do terreno". Tudo bem. E as rotundas? É impossível andar 200 mts numa estrada nacional sem esbarrar numa rotunda. Ora vazia, ora com canteiros, ora com repuxos, ora com letreiros luminosos dando as boas vindas à freguesia de Boavista dos Pinheiros. E porquê esta obsessão? É alguma lei autárquica? Motivos ornamentais? Não faço ideia. Não há de ser certamente para facilitar o fluxo do trânsito na zona, porque ainda está para nascer o português que saiba conduzir bem dentro de uma rotunda. Acredito que, daqui a uns séculos valentes, as gerações vindouras irão olhar para as rotundas da mesma maneira que nós olhamos para Stonehenge. Quem deixou este legado? Qual seria o seu propósito? E acredito ainda mais piamente que os estudiosos da altura chegarão à mesma conclusão que eu: que as rotundas são umas merdas sem utilidade nenhuma. Talvez só mesmo para os bate-chapas.