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Um incêndio à porta da minha casa era coisa à qual nunca tinha assistido. Até ontem à noite, isto é.
Em retrospectiva, acho lamentável que a primeira coisa que me tenha vindo à cabeça ao primeiro avistamento das labaredas não tenha sido acordar os entes queridos nem tão pouco ligar para os bombeiros. Não, meus amigos. O meu primeiro acto após tomar conhecimento da potencial tragédia que tinha entre mãos foi tirar o pijama e vestir um par de calças de ganga e uma t-shirt. Convenhamos, nestas ocasiões em que há miséria alheia a ser explorada nunca se sabe de onde poderá surgir uma eventual câmara de televisão com um repórterzeco meio sádico atracado. E longe de mim dar entrevistas em roupão, pijama, boxers e afins. Não senhor, desalojado sim, maltrapilho é que não. Adiante. Logo após ter feito o que era prioritário (continuo a falar das calças, só acordei os entes queridos lá para o fim), lá liguei para o 112. Ora, na minha cabeça, o conceito de 112 passa um bocadinho por dar assistência rápida a urgências. Mas não. Liguei e esperei, esperei, esperei e esperei que me atendessem. Não fiquei contente mas compreendi tudo quando o atrasadinho mental que lá estava me atendeu. Gostava de saber quais são as qualificações necessárias para poder fazer aquele serviço. A sério. Porque o animal com quem falei deve ter tantas competências e habilitações como o macaco adriano. Depois de me ter perguntado se eu estava na Rinchoa, de ter dito que ia ligar para os bombeiros de lá e de eu lhe ter explicado duas ou três vezes, que não, não estava na Rinchoa, lá se lembrou de passar para os bombeiros aqui da zona. E eu a ver as labaredas a crescer mais que o buraco que o Dias Loureiro deixou no BPN. Estes já não me perguntaram se eu era da Rinchoa. Mas demoraram 20 minutos a chegar às redondezas do meu domicílio (o quartel não fica a mais de 4 minutos). Tudo bem, pensei eu, nada a estranhar, deviam ter ido comprar minis e chouriços para assar nas brasas. Calinas!
O que vale é que o povo unido jamais será vencido e entretanto, cada um munido da sua mangueira, os populares acorreram a tentar controlar a calamidade. E dizem vocês "ah Inútil, macho valente!!!". Não, não... Eu fiquei de fora, porque quando morrem heróis é sempre preciso ficar alguém vivo, de fora, a assistir à sua façanha para mais tarde poder relatar a história. Parecendo que não, é um trabalho igualmente importante e meritório.
Há que dar crédito aos bombeiros numa coisa, chegaram tarde mas chegaram preparados para invadir a Polónia. Jipes, ambulâncias, três carros-tanque e PSP's. Nada de televisão, é certo, mas não me arrependo de ter feito da indumentária uma prioridade.
Apagaram o dito, fizeram o rescaldo, sentaram-se sossegadinhos a recuperar o fôlego e, efectivamente como previsto, lá beberam uma ou duas minis para celebrar. Deram alguma coisa ao herói que salvou o bairro ao fazer a chamada de alerta? É o destes! Eu bem que as via passar de mão em mão, mas para mim, nicles. Sovinas.
Enfim, foi uma noite fora do comum e uma experiência a não repetir nos tempos mais breves.
Ah, falta contar qual foi a causa do incêndio, já me esquecia! Uma beata de cigarro atirada por uma janela. Bonito, não é? Puta que pariu o marialva que teve essa infeliz ideia e que lhe cresçam meia-dúzia de pés de tabaco bem ali no meio do esfíncter.
Boas noticias!
Cheira-me que os meus 15 minutos de fama estão aí à porta. Porquê? Basicamente porque ainda não houve nenhum caso de gripe suína registado em Portugal. Ora, acontece que na semana passada estive com um amigo acabadinho de chegar da Tailândia, país esse onde o vírus A H1N1 prolifera à mesma velocidade que a Angelina Jolie adopta criancinhas oriundas de países de terceiro-mundo (por falar nisso, para quando um petiz português?).
Não sei se o rapaz veio de lá com bicho ou se entretanto apanhei para aí uma correnteza de ar mais agreste, mas a verdade é que desde então ainda não parei de espirrar. A sério. Tenho as narinas tão dilatadas como o esfíncter do Cláudio Ramos, de tanto me assoar.
Já nem vou falar das dores de cabeça e da garganta inflamada, pobrezinha.
Isto tá mesmo mau e isso anima-me imenso. Imaginem ser eu o paciente zero desta virose em Portugal. EU! Ter o meu nome inscrito nas páginas da história nacional era catita. As razões talvez não sejam tão nobres como ganhar um prémio Nobel ou fazer uma revolução, mas os fins justificam os meios.
Façam figas!
Pelo seu artigo logo se vê que o amigo não conhece...
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