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Porque amanhã vão passar o dia todo a carpir as mágoas do colesterol angariado com todas as iguarias da mesa da Consoada.
Se beberem, não conduzam. E tentem também não descer escadas, senão correm o risco de passar esta época festiva de canadianas como eu. E digo-vos já que não é agradável.
Portanto pessoal, Shenoraavor Nor Dari yev Pari Gaghand, que é como quem diz Feliz Natal, mas em Arménio.
Pois que sobrevivi (e sem mazelas) à passagem pelo sistema público de saúde. A medicina está numa fase de evolução tão avançada que até me operaram o joelho certo, para minha grande surpresa. Maravilha, hein?
Todavia, apesar de todos os progressos das ciências medicinais, um gajo continua a ter que fazer um jejum que faria o Gandhi corar de inveja. Um dia inteiro sem comida nem bebida. E essa foi talvez a parte mais desagradável de todo o processo operatório.
A epidural foi brincadeira. O meu semblante de pânico era de tal forma evidente que a anestesista achou por bem espetar-me com um sedativo para cavalos em cima. Valeu bem a pena ser mariquinhas, meus amigos. Se presenciei conscientemente 5 dos 47 minutos que durou a intervenção foi muito. Do que me lembro, senti-me como se estivesse numa coffee shop de Amesterdão mas com um cateter enfiado na mão. Foi pena não ter estado suficientemente acordado para lhe pedir uma receita daquilo. Enfim, fica para a próxima.
Ainda assim, foi uma experiência a modos que cansativa. Principalmente a parte do recobro, onde fiz um esforço hercúleo para voltar a mexer as perninhas e toda a zona abaixo do equador, ainda paralisadas pelo efeito da anestesia. E porquê todo esse trabalho? Basicamente por receio das enfermeiras, que olhavam para mim segurando algálias como quem olha para um perú com uma faca de trinchar na mão. Mas resultou. Tubos em sítios estranhos só mesmo o do soro na mão.
Felizmente.
Igualmente bom foi também ter saído das instalações hospitalares logo no dia a seguir, evitando assim a visita do José Figueiras, da Maya e da Leopoldina. Seria lamentável terminar uma experiência que até nem correu mal com um suicídio por enforcamento com o auxilio do tubo do soro.
Mas vá lá, a malta responsável pela atribuição de infortúnio kármico deve ter achado que três buracos abertos e uma sutura no joelho era sofrimento suficiente.
Agora, é voltar à normalidade, sempre na companhia da Nelly e da Alanis, as minhas duas canadianas e esperar pela fisioterapia. Já estou pronto para outra, gaita!
Enche-me de alegria pensar que, apesar de não estarmos a passar por uma fase particularmente feliz em termos de estabilidade económica, o nosso primeiro vai sempre encontrando forma de se apresentar bem parecido.
Porque combater a crise é uma coisa, mas fazê-lo bem vestido é outra.
11 de Dezembro.
É esse o dia em que os senhores da bata branca vão tentar fazer do meu joelho uma manta de retalhos. Não fosse o facto de fazer anos a 14 e esta data até poderia ser do meu agrado. Mas não. O Homem lá de cima é capaz de ser Sportinguista, não apreciar sobremaneira os meus constantes comentários depreciativos quanto às exibições do dito clube e, vai daí, castigou-me atravancando o meu aniversário. Que me sirva de emenda.
E dizem vocês "Epá, ò Inútil, como é teu apanágio, estás a exagerar, podes festejar na mesma, gaita!".
Então não posso? Nem a bodega de uma cerveja vou poder bebericar, porque ainda devo estar a comprimidos nessa altura!
Mais!! Para aumentar o infortúnio cósmico da coisa, há sérias hipóteses de ver o Glorioso ser eliminado da Taça pelo Leixões, visto a eliminatória calhar precisamente nesse mesmo dia 14. E atendendo à generosidade cavalar com que o Quim tem brindado os avançados adversários nos últimos jogos, tal cenário não é possível, é provável.
Manco, sóbrio e futebolisticamente desiludido. Sim, é um aniversário de sonho, foda-se.
Em todo o caso, esta conjectura abre toda uma nova panóplia de perspectivas no que toca a prendas.
Já não quero coisas fúteis e vãs. Naaa, agora quero um daqueles sininhos pequenos que a malta snob utiliza para chamar o mordomo. Torradinhas, trocar o dvd, tratar da comichão no pé, dling dling para aqui e dling dling para ali. A minha mãe iria adorar isso, com certeza.
Talvez isso faça com que alguém me oferte uma empregada ucraniana, amazona de metro e noventa, embrulhada com um laçarote na cabeça. Ou então é melhor não, senão, mantendo a toada de desgraça kármica, ainda sou presenteado com um empregado guineense de figura entroncada e especial carinho por côxos.
Sim, esqueçam a empregada. O sininho chega perfeitamente. Isso e finalmente ter hipótese para poder ver o Natal dos Hospitais de fio a pavio. Estou tão feliz que nem caibo em mim com tanta alegria. Ho-ho-ho, pôrra para esta gaita.
Pelo seu artigo logo se vê que o amigo não conhece...
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