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Só mesmo porque detesto equipas que jogam na retranca.
Se em 1966 os jogadores da Selecção respondiam pelo nome de magriços, em 2008 há meia-dúzia deles que bem podiam ser chamados de nabiços.
Acabaram o jogo de ontem com mais posse de bola, é verdade. O que é que isso mostra? Que não sabem o que fazer quando se apanham com ela nos pés.
Ricardo, como é seu apanágio, lá deu a franganada da praxe, mas foi dos jogadores que mais correu. É uma alegria ver a movimentação daquele infeliz sempre que há cruzamentos. Parece uma barata tonta, tanto a correr loucamente para trás, como para a frente, mas sempre sem saber onde se colocar.
Ronaldo lá voltou a mostrar que é o jogador mais sobreavaliado da actualidade. Continuo na minha que o craque não vale cem mil manjericos, quanto mais cem milhões de euros.
Scolari é que parece não ligar muito a isso. Compreende-se. A época seguinte está aí à porta, há que procurar casa em Londres e prioridades são prioridades.
Ficámos pelo caminho. Novamente. É pena, porque as expectativas eram altas.
Infelizmente, estas competições não costumam ser ganhas por vedetas manientas e imberbes. É só mesmo para quem lá está com o simples objectivo de jogar futebol.
Não acreditam? Então confirmem com os alemães.
Conheci o J durante a minha peregrinação pelo ensino superior. Um gajo porreiríssimo, de gargalhada fácil e presença forte, de quem rapidamente fiquei amigo.
Ele - Sabes quem é que morreu? O J.
Ela - Sim, já sabia. O funeral, quando é?
Ele - 5ª feira. Detesto funerais...
Ela - Acho que ninguém gosta.
Ele - Menos o morto. Esse não tem direito a opinar.
Ela - Todo aquele ambiente carregado de tristeza...
Ele - Sim... e depois é sempre uma pincelada escolher o que levar vestido.
Ela - Perdão?
Ele - Nunca sei o que hei de vestir para um funeral. Bem sei que o fato é o mais tradicional, mas nem sempre calha bem. Já com calças de ganga e t-shirt ou em mangas de camisa tenho medo de ficar mal visto pelos restantes convivas.
Ela - Oh meu deus... E porque é que o fato pode não calhar bem?
Ele - Para já porque estamos no verão e aquilo não só é quente como sufoca. E num funeral basta haver um gajo sem respirar, não são precisos dois. Depois imagina que calho a ser um dos marmelos que vai carregar o caixão? O que é que faço ao casaco? Não dá jeito nenhum tê-lo vestido nem tão pouco amarrá-lo à volta da cintura.
Ela - É essa a tua preocupação com os funerais?
Ele - É uma delas.
Ela - Jesus...
Ele - Espero não ter um funeral assim. Aliás, se dependesse de mim nem sequer era enterrado.
Ela - Preferias ser cremado?
Ele - Nops.
Ela - Então?
Ele - Gostava de ser empalhado e posto na sala lá em casa. Até me podiam pôr de braços abertos, para fazer de cabide.
Ela - Tu também fazes pouco de tudo.
Ele - Até estava a falar a sério, por acaso. Mas se a morte já por si só é algo de grande carga negativa é igualmente uma experiência pela qual todos acabamos por passar. Porquê sobrecarregar toda uma aura já de si sombria?
Ela - Mas encará-la com leviandade?
Ele - Diz antes com humor. Acho que é essa a melhor forma de recordar alguém. Deixar toda aquela culpa pseudo-cristã para trás. Mais um bocadinho de negativismo aqui e ali e ainda ficávamos a parecer irlandeses.
Ela - É uma forma de ver as coisas.
Ele - Sou benfiquista, pá. Se não me risse das desgraças, os meus dentes nunca veriam a luz do dia.
Entras pela porta dentro em mais uma noite banal e pedes outra cerveja que bebes num trago na esperança de ajudar a esquecer mais um dia totalmente rotineiro até que a vês primeiro de relance depois fazendo um esforço hercúleo para conseguir tirar os olhos de cima dela não sabes bem porquê talvez por ser bonita talvez por te parecer o oposto do teu quotidiano trivial e maçudo e te conseguir transportar para uma outra dimensão com um simples esboçar de um sorriso que te faz esquecer que a vida é um elemento condutor de tristeza e decides ir falar com ela acerca de tudo acerca de nada acerca de disparates e coisas sem significância que têm a maior importância do mundo e descobres que ela é a tal a mulher por quem tens estado à espera a pessoa cuja companhia não dispensas e para quem tens sempre tempo tens sempre rede tens sempre atenção só não tens modo de lhe dizer isso mesmo por medo de perder a visão daquele tal sorriso inspirador por isso ficas calado mas só por fora porque por dentro gritas a plenos pulmões e cada mais pequena célula tua cada parcela do teu ser te compele a dizer o que te assusta e exorcizares os teus medos independentemente das consequências do acto e aí falas abertamente expões-te como nunca o havias feito antes e sentes o estômago aos pulos entras em curto-circuito e sentes o cérebro a derreter porque ali não há espaço para a razão só mesmo para ela e para a resposta que esperas um sim que supera o Euromilhões o Benfica campeão europeu tudo e mais um par de botas ou um não que sabe a angústia desmoralizador que te suga a vida até ao tutano.
Pelo seu artigo logo se vê que o amigo não conhece...
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