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Ela - Então, gostaste do filme?
Ele - Sim, foi jeitoso.
Ela - Adorei aquele final. Muito comovente.
Ele - É capaz disso...
Ela - Não digas isso assim que eu bem te vi a esfregar a lágrima pelo canto do olho.
Ele - Quê, aquilo? Não, aquilo foi uma pestana que me entrou para a vista e eu tentei tirá-la.
Ela - Tanga...
Ele - Como assim, tanga? Foi isso mesmo que aconteceu.
Ela - Sabes que não deixas de ser homem só por admitires que choras nos filmes?
Ele - Se não chorei quando o Benfica levou 7-0 do Celta de Vigo, também não me ia armar em Madalena arrependida só por causa do outro badameco morrer no fim da história.
Ela - Vocês são incríveis .. Mas qual será o problema de expressar emoções? É normalíssimo!
Ele - Tal como é normalíssima essa vossa pancada em tentar mudar a personalidade de um gajo.
Ela - Para o vosso próprio bem!
Ele - É mas é para o vosso! Não há uma pinga de altruísmo nesse comportamento. Será assim tão complicado entender que há certas coisas que simplesmente são como são e não podem ser mudadas? Tu podes tirar o macaco da selva mas nunca tiras a selva do macaco!
Ela - Não estou a tentar mudar nada, só queria que admitisses que choraste no fim do filme.
Ele - Não, deste não chorei. Mas não evitei a lágrima no final do E.T .
Ela - Vês, foi assim tão complicado?
Ele - Não, nem por isso.
Ela - ...
Ele - É claro que na altura só tinha nove anos...
Parece que é o crime da moda.
Como todos os programas televisivos de jeito que temos por cá, o carjacking é algo baseado num formato estrangeiro, o que só mostra que nem a nível criminal conseguimos ser inovadores.
E como terá chegado cá esse fenómeno?
Não faço ideia.
Da mesma maneira que há pessoas que anseiam pela chegada da Starbucks a Portugal, talvez tenha igualmente havido gente a clamar pela implantação do carjacking em terras lusas.
Afinal de contas, é certo e sabido que tuga que é tuga adora tudo o que é estrangeirice.
E o que é o carjacking? Porquê tanto alarido à volta daquilo?
Ao fim e ao cabo, o carjacking é um empréstimo coercivo da viatura de outrem sem o consentimento deste.
A EMEL faz a mesma coisa com reboques e nem por isso os vejo com a polícia à perna.
Nunca fui carjackado .
O máximo que já me aconteceu foi terem arrombado a porta do meu carro e vasculhado o porta-luvas. Mas senti-me igualmente lesado, atenção. O meliante em questão não só me alterou a posição do banco como não me tirou nada do carro.
As minhas coisas não seriam suficientemente boas? Não serviam para os teus propósitos, bandido? Se há coisa pior que um criminoso, é um criminoso elitista.
E o tempo que levou a ajeitar o banco para ficar naquela posição específica, hein? O trabalho que deu chegá-lo para trás, chegá-lo para a frente, subi-lo, baixá-lo, encosto para a frente, encosto para trás? Meses e meses de ajeitamento para numa só noite ser tudo mandado às urtigas por aquele larápio. Larápio não, que o gajo não larapiou nada. Mais valia ter larapiado.
Biltre.
Felizmente, esta será uma delas.
Quem nunca viu, devia ver. Quem já viu, nunca mais lá voltou.
Unanimemente aclamado pelos dois dj's em questão como sendo o melhor que a noite ribatejana tem para oferecer.
Um espectáculo imprescindível.
P.S: nunca me passou pela cabeça que o maior problema em escolher "DJ Escalfeta" para nome artístico fosse ter que explicar a grande parte das pessoas o que raio de coisa é uma escalfeta.
Mas quem é que não sabe o que é uma escalfeta?
É verdade o que se diz acerca do perigo dos problemas de comunicação no desenrolar de uma relação.
Acabei recentemente uma relação de cinco anos por causa disso mesmo.
Foi muito bom enquanto durou, confesso com grande pena...
Mas a porcaria do telemóvel tinha que cair ao chão, tinha de ficar com o teclado avariado e tinha que começar a fazer chamadas sozinho para os meus números de marcação rápida a torto e a direito, sem pausas para café nem nada.
Já não dava. Era comunicação a mais. Por isso, kaput .
A minha felicidade volta a ser interrompida pelos misteriosos desígnios do destino.
E da gravidade também.
- Os senhores responsáveis pela música ambiente em Santa Apolónia deveriam ser violentamente sodomizados por nativos do Haiti. Esperar trinta minutos por um comboio é chato, mas esperar esse mesmo tempo ao som dos grandes êxitos dos Scorpions é degradante. Já ouve gente a cometer suicídio por menos.
- Finalmente compreendi a magnitude do conceito de ignorância proverbial, depois de ouvir uma senhora quarentona confessar a uma amiga que havia chorado como uma Maria Madalena no final de um filme qualquer. Seria a senhora uma beata de lágrima fácil ou terá simplesmente feito uma salganhada de Marias, Madalenas e Arrependidas?
Talvez lhe pergunte se a voltar a ver por lá.
- Há uma certa despreocupação para com a higiene pessoal por parte de algumas criaturas que elegem o comboio como meio de transporte para o retorno ao lar. Andar de transportes públicos ao fim do dia é um belo incentivo à virose gripal. Se bem que se apanham certos odores capazes de reanimar o nariz mais entupido.
- Os senhores da CP deviam colocar cómicos de stand-up a circular pelas carruagens. Encontra-se mais alegria nos duches colectivos de um qualquer estabelecimento prisional que na cara da malta que regressa a casa depois de mais um dia rotineiro.
Animem-se, bolas! Afinal de contas, amanhã é outro dia. Completamente igual ao de hoje.
Quase tão bom como ter visto o último classificado do campeonato espetar quatro batatas nos coitadinhos de Alvalade.
Midnight Juggernauts - Into The Galaxy
Esteve quase.
Por momentos, vislumbrei o meu amigo e companheiro de aposta com um bonito cachecol da inauguração do novo Estádio da Luz ao pescoço. Quem sabe, até uma conversão instantânea, pois nunca é tarde para ganhar juízo.
Mas não. Aconteceu o que é costume.
As equipas pequenas galvanizam-se face ao Benfica.
Compadrios do homem do apito.
Também ajudou o facto de estar um caramelo de bigodes sentado no banco, sem qualquer noção de táctica ou motivação.
E é pena.
Não porque perdemos, porque a isso, lamentavelmente, lá me vou habituando.
É mesmo pena porque perdi a aposta. E ninguém me salva de uma crise de urticária no pescoço durante os próximos dias. Nem do constrangimento que foi aparecerem dois lagartos no bar, olharem para mim com cara de satisfação e grunhirem qualquer coisa do género "Ah, ganda Sporting, assim é que é". Aliás, como diria a Pipoca, não foi vergonha, foi humilhação.
Enfim.
Mas tiro o chapéu à lagartada numa coisa, festejam como se não houvesse amanhã. Compreende-se. É o efeito novidade.
O Wolverine
Para abrir a porcaria da lata de leite condensado ou de fruta em calda que teima em permanecer fechada.
Uma das minhas falhas enquanto pessoa é não dominar a arte de saber transmitir notícias desagradáveis. Palavra de honra que já tentei aperfeiçoar esta lacuna, mas sempre que consigo tapar o buraco de um lado, acabo por destapar de outro.
Tem sido um processo de aprendizagem constante, a incessante procura pela abordagem perfeita.
No decurso dessa jornada de descoberta, acabei por encontrar e conseguir definir três abordagens distintas.
1) A abordagem directa
Ele - Tudo bem?
Ela - Tudo!
Ele - Sabes que mais? Atropelaram o teu cão, o Pantufa.
Prós: Alivia rapidamente a pressão posta no mensageiro.
Contras: Convém saber técnicas de reanimação e ter um copo de água com açúcar à mão.
2) A abordagem hipotética
Ele - Como é que ficarias se alguém atropelasse o Pantufa ?
Ela - Desolada, porquê?
Ele - Porque atropelaram o Pantufa.
Prós: Inconscientemente, prepara-se o receptor da má notícia para o pior.
Contras: Ninguém vai livrar o mensageiro da reputação de besta insensível.
3) A abordagem relativista
Ele - Atropelaram o teu pai e o Pantufa.
Ela - Meu Deus!!
Ele - Estava a brincar, foi mesmo só o Pantufa.
Prós: A carga negativa da má notícia é reduzida e fica uma certa nuance humorística no ar com aquele punchline final.
Contras: Da mesma maneira que o negativismo da situação decresce, aumenta o risco do mensageiro ser sovado no final.
Todas funcionais, mas todas elas com defeitos.
Talvez não haja uma forma perfeita de dar más notícias, por estas serem a imperfeição em si.
Ou talvez a melhor forma seja mesmo a minha. Passar o cargo de mensageiro a outro infeliz qualquer.
E ele que se desemerde.
Pelo seu artigo logo se vê que o amigo não conhece...
Olá,Estou neste momento a elaborar a minha dissert...
Pessoal a culpa nao e dele....a culpa e da mae que...
Vai la e experimenta
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