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Ok, Flávio, eu faço-te a vontade. E ao gajo das impressoras também.
Basicamente, tenho este blog porque a minha mãe não me deixava ter um cão em casa. Eu queria um labrador mas ela disse que não, que era bicho largador de muito pêlo e que não ia ser eu a andar de cu para o ar a apanhar a pelugem do canídeo.
Comecei a pensar no assunto e vi que ela tinha razão. Não é preciso ir passear o blog à rua à noite, o blog não desmembra criancinhas pequeninas nos jardins e evita-me problemas judiciais com os pais desses mesmos gaiatos, não tem cio nem anda a uivar debaixo da minha janela de forma incessante pela madrugada fora e não me provoca inundações no wc quando é dia de lhe dar banho.
Não tenho cão hoje em dia mas não me arrependo da minha opção. Não só o blog já se tornou peça com algum relevo na minha vida, como ainda tenho um sofá inteiro, sem marcas de destruição canina.
Parece que tenho de indagar junto de mais meia-dúzia de bloggers o porquê da criação do seu espaço na blogosfera . Podem ser estes amigos:
Confesso, não sei dançar.
Abano-me da forma mais desconexa possível, como nos rituais de acasalamento daqueles pássaros da América do Sul que um gajo só vê na National Geographic.
É triste, mas é verdade.
Em compensação, sei fazer uns petiscos à maneira. Mas não é isso que está em causa.
A questão aqui é que, faltas de jeito à parte, é mais fácil dançar sendo fêmea. Ou melhor, é mais fácil executar uma dança agradável aos olhos de outras pessoas sendo fêmea.
Se uma mulher estiver a dançar simulando um ataque de sarna, todos os machos nas imediações irão achar que aqueles movimentos têm uma certa natureza lasciva.
"Uh, já viste como é que ela se coça? Mas que cheirosa...".
Sim, é verdade, somos assim tão básicos.
Já se um homem for visto a abanar o caneco dessa forma... bem, não haverá quem o livre de uma bela reputação de nabiço. Ou esquizofrénico. Ou ambas.
Porque é que isto acontece?
Será a sensualidade uma coisa mais inerente aos membros do sexo feminino?
Pessoalmente, acho que sim.
Não acreditam? Ok. Tentem visualizar uma fêmea a lavar a louça, envergando só um avental e um par de peúgas. Consegue atingir os mínimos na escala da volúpia, não é?
Agora façam o mesmo exercício, mas visualizando um macho.
Há que ver as coisas como elas são e aceitar a realidade.
As mulheres são sensuais por natureza.
Nós temos de nos esforçar um bocadito para lá chegar.
Detesto quando estou ao lado de uma mamã com o seu rebento e ela me usa como pretexto para pôr o puto a fazer alguma coisa que não quer.
Já apanhei uma numa sala de espera de um laboratório de análises, com um miúdo em lágrimas, bastante relutante em ir prestar serviço como almofada de alfinetes. Olhou para o meu semblante valente e disse à criança "Olha, estás a ver? O senhor não chora, não tem medo porque aquilo não dói nada. Não é, senhor?".
Sempre acreditei no poder da sinceridade, pelo que lhe respondi "Não dói? Não dói pouco! Só não fujo daqui a sete pés porque já as paguei!". O miúdo começou a gritar ainda mais e a mãe não gostou. Bem feita, não me tivesse perguntado.
Porquê esta pancada? A criançada não tem exemplos suficientes em casa? É preciso arranjar heróis inspiradores para a pequenada entre desconhecidos na rua? Que raio de pedagogia é essa? Além do mais, é sempre um risco recorrer a essa técnica educativa do modelo exemplificativo pois nunca se sabe o que é que o inquirido vai responder. É uma incógnita tremenda.
A mãezinha que estava ao meu lado no café há bocado, a tentar fazer com que o seu herdeiro comesse uma malga de salada, devia ter pensado nisso.
"Olha, estás a ver? Este senhor fez dói-dói na perna porque não comeu os legumes todos. Não é, senhor?", perguntou-me ela, enquanto me piscava o olho de forma cúmplice.
Olhei para o puto e disse-lhe "Não, por acaso aleijei-me porque tropecei num repolho. Por isso, foram os legumes que me fizeram dói-dói na perna. Se não fossem os legumes, agora andava direito, sem canadianas".
O puto riu-se. A cara da mãe deixava transparecer uma imensa vontade de me sovar com talos de couve.
Lá está. Comer legumes não faz dói-dói na perna mas dá cabo do sentido de humor.
... a época das canadianas e rótulas fora do lugar.
Piston, põe-te a pau!
Isto foi praga rogada pelo gajo das impressoras, com certeza.
Prepara-te, que a seguir deves ser tu.
Ele - Epá, já ando há que tempos para marcar umas análises, quero ver se trato disso nos próximos dias. Tenho andado a adiar, a adiar...
Ela - Porque é que tens andado a adiar? Não me digas que tens medo.
Ele - Claro que tenho! Mas tu já viste o tamanho daquelas agulhas? Parecem arpões!
Ela - Que exagero...
Ele - Exagero? É contra natura ter uma coisa daquelas a trespassar o braço. E doloroso, também.
Ela - Doloroso? Vocês, homens, são tão piegas com esse género de coisas... parecem putos pequenos.
Ele - Os médicos são sádicos por vocação. A maior parte das coisas que fazem e geringonças que usam deviam ser proibidas pela convenção de Genebra. Olha as algálias, por exemplo. Parecem um instrumento saído da Inquisição.
Ela - Porquê?
Ele - Como assim, porquê? Mas tu já viste bem o que é que aqueles bandidos fazem com aquilo? Eles tentam enfiar o Rossio na Betesga! É tortuoso, bolas!
Ela - Já foste algaliado?
Ele - Não, mas não é isso que está em questão.
Ela - Santa mariquice...
Ele - Mariquice? Vocês são capazes de barbaridades como andar o dia todo de saltos altos e tirar pêlos das virilhas com cera quente e mesmo assim entram em pânico quando vêem uma barata no chão! Isso sim, é mariquice.
Ela - Não é mariquice, é asco a coisas repelentes.
Ele - Não, não. É mesmo parvoíce.
Ela - E ter medo de médicos é o quê?
Ele - Senso comum.
Se forem para a santa terrinha, tenham cautela. As estradas andam inundadas de emigras azeiteiros por esta altura.
E pior que ter um acidente, só mesmo ter um acidente com um veículo carregadinho de chouriças e garrafões de vinho tinto carrascão.
Se durante o fim-de-semana virem o coelhinho da Páscoa, digam-lhe que ficava a matar dentro de uma caçarola.
Divirtam-se.
IV - A técnica da não-técnica
Esta é a abordagem que requer mais disciplina. Nada complicada mas ainda assim científica.
Você sente necessidade de todo o afecto e carinho que um membro do sexo oposto pode proporcionar, mas não faz a mínima ideia de como lá chegar?
Epá, diga-lhe coisas bonitas, costuma resultar.
Como? Não conheces frases bonitas? Ah, não sabe nada de nada? Isso é que é chato.
Só lhe resta recorrer a esta abordagem, meu amigo.
Escolha um alvo da sua predilecção, preferencialmente alguém com quem tenha convívio habitual.
Aproxime-se dela e... não faça nada. A bem dizer, você não sabe mesmo como agir nessas circunstâncias. Assim, pelo menos não corre o risco de meter água como se fosse o Titanic.
Mantenha a proximidade visual, mas limite a sua oratória, fale o menos possível. Seja enigmático e crie toda uma aura de mistério em seu redor. Seja sorumbático. Sempre com muita calma e pouco paleio.
Mais cedo ou mais tarde, os boatos e lendas sobre a sua pessoa irão começar a surgir. Ela acabará por se sentir intrigada e irá meter conversa consigo. Nesse momento, continue a agir de forma circunspecta. Deixe-a magicar acerca da sua natureza.
Quando vir que ela está totalmente enrodilhada na teia de subterfúgios que você criou, simplesmente afaste-se. Ela vai acabar por ir ter consigo.
Sim, você ouviu bem! Ela irá ter consigo!
O mais difícil já está feito, a partir daqui a bola está no seu campo.
Não se esqueça que não pode manter essa máscara de criatura enigmática para sempre, sob pena de ela o vir a considerar um perfeito atrasado mental.
Alvo: Fêmeas ingénuas e de natureza curiosa.
Para quem serve: Machos totalmente desprovidos de ideias.
Pelo seu artigo logo se vê que o amigo não conhece...
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