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Cenário – Estúdio fotográfico

Inútil – Boa tarde.
Funcionária – Boa tarde. É para pôr a revelar?
Inútil – Sim, sim. Estão prontos daqui a quanto tempo?
Funcionária – Mais ou menos uma hora.
Inútil – Ok, então até já.

Inútil – Boa tarde outra vez!
Funcionária – (cabisbaixa para a dona) É este o senhor…
Dona – Tenho que ter uma conversa séria consigo.
Inútil – Então?
Dona – As fotografias que tinha nos rolos eram importantes?
Inútil – Importantíssimas! Espere lá… Como assim, eram?
Dona – Pois… a minha colega não viu que os rolos eram a preto e branco e meteu-os na máquina.
Inútil – Mas isso não dá cabo dos rolos?
Dona – Pois, e deu mesmo.
Inútil – (Silêncio – de boca aberta em estado de choque). Não dá para aproveitar nada?
Dona – Não. Os negativos ficaram destruídos, as imagens foram apagadas.
Inútil – (sentindo solidariedade para com os maluquinhos americanos que entram nos centros comerciais a disparar rajadas de metralhadora) …
Dona – Tem hipótese de voltar a fotografar a mesma coisa?
Inútil – Não. Não eram 72 fotografias de laranjas ou latas de atum. Eram 72 fotografias de situações únicas, impossíveis de recriar.
Dona – Pois…
Inútil – (Com vontade de estrangular a funcionária com os negativos queimados) Pois…
Dona – Lamento imenso. Precisa de alguma nota justificativa da nossa parte?
Inútil – Não, de vocês só queria mesmo as fotografias.
Dona – Lamento imenso, não sei o que lhe dizer.
Inútil – Então já somos dois.
Dona – Posso-lhe oferecer dois rolos para compensar os perdidos?
Inútil – Pode. Eram T-Max 400 da Kodak.
Dona – Ahh… desses não temos.
Inútil – Então afinal não pode.
Dona – Lamento mesmo imenso.
Inútil – Também eu. Mas se já está, já está. Paciência. Errar é humano.
Dona – Pois… olhe, de futuro sempre que cá vier, entregue-me as suas fotografias e elas serão reveladas sem custos.
Inútil – Hmm… é melhor não, senão a história repete-se e ainda arranjamos aqui um ciclo vicioso.
Dona – Pois… lamento mesmo imenso.
Inútil – Não tanto como eu.


Moral da história: se tiverem amigos, primos, colegas, vizinhos ou desconhecidos que tenham rolos para revelar, entreguem-nos a mim, que eu vou cobrar a promessa à senhora.

Levar aquela loja à falência vai ser a minha nova missão de vida.

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publicado às 16:13


Ehh pá... come-se

por Inútil, em 04.12.07

Contagiada pela generosidade própria da época, a Aisling (é uma querida) resolveu presentear aqui o estaminé com um galardão que o define da seguinte forma:
"Diz que até não é um mau blog".
E não é mau, não senhora. É péssimo. Tão péssimo que vai implicar com o nome da distinção. "Não é um mau blog"? Se o objectivo do/a autor/a consistia em fazer passar uma imagem de sarcasmo, não seria mais bonito usar "Nem é um mau blog"? Dá um ar mais indiferente e displicente à coisa, não é?
Fica a sugestão.
Bom, dizem as regras que:

1. Este prémio deve ser atribuído aos blogs que considerem serem bons, entende-se como bom os blogs que costuma visitar regularmente e onde deixa comentários.

2. Só e somente se recebeu o “Diz que até não é um mau blog”, deve escrever um post:
- Indicando a pessoa que lhe deu o prémio com um link para o respectivo blog;
- A tag do prémio;
- As regras;
- E a indicação de outros 7 blogs para receberem o prémio.

3. Deve exibir orgulhosamente a tag do prémio no seu blog, de preferência com um link para o post em que fala dele.

Ora, bons são todos os que estão referenciados ali ao lado, seja mais acima, seja mais abaixo. São todos eles paragem obrigatória. Se não os conhecem, toca a clicar lá em cima.
Mas parece que tenho de nomear sete. Portantos, a modos que os meus 7 são estes:

Mia - Porque tem vizinhas destrambelhadas é a miúda com mais pinta na blogosfera.
Leididi - Porque lhe sai magia dos dedos quando escreve os seus desassossegos.
Piston - Porque ele gosta destas coisas que se farta. E é do mais moralmente inaceitável que por aí anda.
Rosa - Porque mais ninguém consegue dizer mal do género masculino com toda aquela classe.
Não Sei Que Digo - Porque é um revoltado contra o sistema, apesar de fazer parte integrante dele.
Wednesday - Porque é a alentejana que melhor escreve. Ah... e é cá das minhas.
Sooty and Aive -
Só é pena torcer pelo FCP. Mas errar é humano e ela compensa bem a coisa. Escreve textos arrebatadores (em todos os dialectos) e tem um sentido de humor invejável.

No fim disto tudo, fiquei foi com vontade de vos agradecer a todos, por me fazerem rir, fazerem pensar ou até pela própria companhia. Por isso, obrigadinho malta! Keep up the good work.

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publicado às 00:27


É Natal, é Natal, lálálálá

por Inútil, em 03.12.07
Pois é, e volvidos outros 12 meses, chegamos novamente ao Natal.
E dizem vocês "pôrra, ò Inútil, ainda agora começou Dezembro e tu já vens com essa conversa?". É verdade.
Mas se formos ver bem as coisas, há já duas semanas que se vêem Pais Natal nos centros comerciais com putos aos berros no colo, decorações natalícias na rua e blocos de publicidade com quinze minutos de anúncios a bonecas que fazem cócó, perfumes que atraem mulherio com um simples estalar de dedo e a whiskies que parecem trazer um lifestyle novo como brinde.
Ora, para mim, o Natal começa quando compro a primeira prenda. E esse dia foi ontem.
Por isso, eis-nos numa nova época de prendas, bolo-rei, presépios, congestões e engordas instantâneas.
É para nós uma época de convívio e alegria, para os perus é exactamente o oposto.
É a época em que vemos pela 243ª vez o Quo Vadis e o Música no Coração passar na televisão.
É a época em que temos de treinar caras de alegria contrafeita, para ostentarmos ao desembrulhar o pacote de meias medonhas e dois números acima daquele que usamos, que nos foi oferecido por uma tia.
É a época em que passamos três semanas à procura da prenda perfeita para aquela pessoa única, só para no fim comprar algo que essa pessoa já tem.
É uma época em que nos lembramos dos amigos, dos de agora e dos de sempre, dos que estão presente e dos que estão longe, e imaginamos que cara farão eles ao abrir a nossa prenda.
É a época ideal para deixar para trás tudo aquilo que não correu bem durante o ano e demonstrar que a verdadeira grandeza é simplesmente sorrir e continuar a seguir em frente, mesmo que não pareçam haver grandes razões para tal.
É a época ideal para dar um abraço sentido e dizer "obrigado". "Porquê? Seja pelo que for, mesmo só por existires".
Não é preciso mais.
Bom... tempo livre e uns trocos para gastar talvez ajudem.

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publicado às 00:48


Afinal parece que não

por Inútil, em 02.12.07
Não fomos lá com taoísmos e parece que o apelo às velhas glórias também não resultou.
Mas enfim, é a história do costume, os clubes pequenos transcendem-se sempre contra o Glorioso.

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publicado às 13:55

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