Duas semanas depois, permanece a discussão acerca da peleja levada a cabo num milheiral algarvio por uma horda de gente alérgica ao sabão. Mas apesar de perdurar toda esta celeuma, acho que continua a faltar ouvir uma opinião: a de Zé Milho.
À malta do grupo verde eufémia, desta feita. Tenho ali uma série de canteiros no quintal com mais mato que a serra do marão. Que tal reúnirem o morganho e virem até cá dar um jeitinho naquilo? 'Tá bem que ervas daninhas e urtigas não são herbáceos com o mesmo porte nobre que a maçaroca de milho, mas o conceito é basicamente o mesmo. O assunto carece de alguma urgência. Ainda hoje deixei caír uma caixa de pastilhas lá no meio do matagal e, até agora, não lhe voltei a pôr a vista em cima. Sejam compinchas!
Já andava de olho nisto há uns tempos valentes, pelo que esta semana decidi abrir os cordões à bolsa e comprá-lo. Ainda não tinha acabado de o ouvir na sua totalidade e já sentia vontade de procurar na minha colecção de dvd's alguns filmes para iniciar uma maratona cinematográfica. Começar com o "Cinema Paraíso", continuar com o “Era uma vez no Oeste” e “O Bom, O Mau e O Vilão”, acabando nos “Intocáveis”. Há algo de mágico nas bandas sonoras de Ennio Morricone. Tarantino homenageia-o frequentemente nas bandas sonoras dos seus filmes. Dulce Pontes, no albúm que gravou com o compositor italiano, tem uma versão de uma canção da banda sonora de "Era um vez no Oeste", um filme genial e injustamente subvalorizado, que tem, para mim, um dos melhores vilões de sempre (Frank, interpretado por um jovem Henry Fonda). Até os Metallica usaram o fabuloso “Ecstasy of Gold” como entrada para o seu S & M. Épicas, empolgantes e homéricas, as suas músicas conseguem muitas vezes sobrepor-se ao misticismo do filme que acompanham. E é impossível dissociá-lo do visionário Sergio Leone. Adoro os filmes de Sergio Leone. Aliás, os dois western spaghetti's acima referidos fazem parte do meu top de preferências cinematográficas. É um crime não conhecer a obra de um ou de outro. Fundamentais para qualquer apreciador de bom cinema.
Ennio Morricone - Ecstasy of Gold (BSO de "O Bom, o Mau e O Vilão).
Há músicas que ficam no ouvido sem que seja possível evitá-lo. Sugar BabyLove é uma delas. Fiquei a conhecê-la quando fui ver o filme "BreakfastonPluto" (que é genial, diga-se de passagem) e logo aí aquela batida ficou gravada. E o videoclip? É uma pérola, senhores.
TheRubettes - Sugar BabyLove
E isto era do melhor que se fazia em videoclips nos anos 70, meus amigos! Reparem só nos efeitos visuais (e não me estou a referir ao jogo de cintura do guitarrista).
Se há bicho que detesto, é a melga. Se fosse habitante de uma região subsariana, provavelmente detestaria ainda mais o mosquito da malária. Afinal, o que é uma pequena comichão quando comparada com uma crise de paludismo? Mas não moro. Por isso, limito-me a detestar a melga. Também não gosto de moscas, mas de vez em quando lá vem um biólogo ou entomologista explicar que a mosca é útil à biosfera, pois é o predador natural de algum verme esquisito oriundo da Nova Guiné ou qualquer coisa assim. E a melga, qual é a utilidade dela? Dar dinheiro aos senhores da Dum-Dum? A meu ver, se a melga é o predador natural de alguma coisa é de uma noite de sono descansado. Nem é pelas picadas. O que me irrita mesmo no bicho é aquele zumbido agudo e infernal a passar a 4 milímetros dos meus tímpanos, mesmo quando estou quase a ferrar no sono. Foi o que aconteceu ontem. Ainda meio adormecido, senti a porcaria do bicho fazer um voo rasante à minha orelha, em direcção ao meu nariz, pelo que instintivamente levei com alguma violência a mão à fronte. O meu sono havia sido a primeira baixa de combate. O meu olho direito foi a segunda. E dizem vocês "Epá, ò Inútil, isto quem vai à guerra dá e leva, mas o que interessa é que lhe limpaste o sarampo". Era bonito que assim fosse. Em vez disso, acordei a pensar que tinha apanhado lepra durante a noite, tal não era a quantidade de altos que tinha pelo corpo. Fui o buffet da noite para aquele bicho velhaco. Biltre. Abomino melgas.
De acordo com o Google Analytics, há uma mão-cheia de pessoal oriundo do Porto e arredores a consultar regularmente este antro de palermices. Tendo isso em conta, que tal sugerirem-me um sítio catita para jantar na zona da Invicta? Faço ideia de lá ir este fim de semana e do Porto, pouco conheço. Assim, escuso de me enfiar no 1º restaurante que encontrar sem baratas nas montras.