Não sei se é só impressão minha, mas acho que há uma certa aura de ditadura militar dentro do universo dos super-heróis. Por vezes, até dentro do círculo de vilões de alguns filmes.
Quando detém patente militar, o mau da fita é, na maior parte dos casos, General.
Já o herói, é habitualmente Capitão.
Nunca percebi bem toda esta toada de sublevação, onde as patentes mais baixas têm por objectivo guerrear as patentes mais altas.
O vilão seria menos vilão se fosse um Praça ou um Brigadeiro? Bom, brigadeiro talvez não, pois facilmente seria associado a uma coisita pequena e docinha, incapaz de fazer mal a alguém. A não ser que seja consumida em excesso, mas isso já é outra conversa.
E que mal faria ao herói ser promovido? Ou a partir do momento em que este se torna Coronel, passa só a poder combater o crime atrás de uma secretária?
Fica a sugestão para o Stan Lee, caso seja leitor deste blogue e perceba Português.
Stan, o público anseia por novos heróis e seus antagonistas. Para quando a criação do "Praça Diabólico", do "Coronel Destemido" ou dos "Alferes Malfeitores"?
Compreendo que não sejam personagens tão comercializáveis como o Homem-Aranha ou o Capitão América, mas quem sabe se não haverá por aí uma larga franja populacional à espera do nascimento de uma nova estirpe de super-malta?
Se conseguiste arranjar fãs para ler as aventuras de um matulão verde, que usa calçõezinhos rôxos e cujo vocabulário se limita a "Hulk esmaga", tenho a certeza que farias maravilhas com este novo conceito se super-heróis.
P.S:
Convém clarificar que esta ilustração não é de minha autoria. Antes que comecem a pensar que eu sou um novo Monet, fiquem sabendo que eu tenho que viver com a vergonha de não saber desenhar. Por isso pedi a um amigo meu que me criasse esta pequena obra de arte. Muchas Gracias, Dani.