Sempre que há eleições, surgem as vitimas do Sindroma de Calimero.
Observemos o candidato Mário Soares, por exemplo.
Ainda não passou um único dia de campanha em que o dito não se tenha queixado que os meios de comunicação não lhe prestam atenção, se prestam atenção não é da forma devida, ou então prestam demasiada atenção, ou lhe doem os joanetes, ou esqueceu a muda da fralda em casa, etc. Isto, aliado ao facto de ainda não ter perdido uns minutos para dar razões ao cidadão eleitor para votar nele, torna-se aborrecido.
Outra situação em que surge o Sindroma de Calimero dá-se quando um governo é destituído. Reparemos em Santana Lopes, por exemplo.
Ainda a cadeira de Primeiro-Ministro não tinha arrefecido e já andava o infeliz a chorar pelos cantos que era um incompreendido, que ninguém no governo gostava dele, que ninguém no seu partido gostava dele, que ninguém em Portugal gostava dele(excepção seja feita à Cinha Jardim), que a Mãe não lhe tinha dado um pónei pelo seu 16º aniversário, que o Sporting não era campeão e não sei quê não sei que mais.
Isto, aliado ao facto do dito senhor não ter feito a ponto de um corno durante os meses que esteve à frente do país, a não ser arranjar maneiras de encavar o cidadão, aborrece igualmente.
O pior de tudo é que parece ainda não haver cura para esta praga.
Já agora, ou muito me engano, ou dia 23 de Janeiro vão haver pelos menos 3 ou 4 ex-candidatos à Presidência a padecer desta maleita.