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Ainda sobre a artroscopia

por Inútil, em 12.11.08

Após reflectir sobre o assunto, cheguei à conclusão que a única parte do processo que não me apoquenta muito é a própria intervenção. A anestesia, por exemplo, preocupa-me mais. 

Ainda mantive a esperança de passar pela coisa a roncar que nem uma porca, com anestesia geral. Foi sol de pouca dura, já que entretanto, depois de conversar com uma amiga que é enfermeira, fiquei a saber que o mais provável é levar com a boa velha epidural.

Sim, é verdade. Tudo indica que vá ser epiduraldado.

E isso é chato porquê? Em primeiro lugar porque vou levar com uma injecção na coluna. E não é com certeza com uma agulhita miniatura. Naa, cheira-me que aquilo é mesmo com uma seringa de farturas e uma agulha mais grossa que o meu polegar. Enfim.

Depois, parece que isso me vai deixar paralisado da cintura para baixo. Pessoalmente, preferia que fosse da cintura para cima. Só mesmo para não estar outra consciente durante a obra. Convenhamos, tudo isto vai ter lugar num hospital português. As hipóteses de ouvir um "ò doutor Baptista, isto encaixa onde?"  ou um "é engraçado que quando um gajo desmonta qualquer coisa e volta a montar sobra sempre uma peça ou outra" não são assim tão baixas. E isso não são frases que tranquilizem alguém imobilizado numa marquesa.

Principalmente porque não vão deixar alguém ir comigo só para me dar a mão.

A epidural levanta ainda outra questão: o que vou fazer com todo o tempo morto que vou ter enquanto estiver a ser retalhado? MP3 e PSP's é para esquecer, a não ser que possam ser esterilizados. Podem? Não? Gaita.

Posso sempre travar diálogo com o staff mas cheira-me que distrair aquele malta do trabalho que têm entre mãos não seja algo favorável à minha pessoa. Até porque a conversa teria invariavelmente que passar por meandros futebolísticos e o ortopedista em questão é do Sporting. Não sei bem qual seria a sua reacção após me ouvir dizer "vocês têm o meio-campo mais lento da história do futebol", mas também acho que prefiro não saber, pois não me parece boa politica atormentar a cabeça de um homem de bisturi em punho.

Que se lixe. Não hei de ser certamente o primeiro marmelo de 26 anos a chamar pela mãe do alto de uma mesa de operações.

 

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publicado às 15:28


9 comentários

De À Nora a 12.11.2008 às 17:44

Não te preocupes, a epidural é igual a qualquer outra injecção (já levei 3) e quanto a estar esse tempo todo sem fazer nada, o anestesista fala contigo e além disso, por vezes dão um calmante. A mim uma das vezes deram-me um tão forte que estive meia a planar durante 24 horas!!!! Até insultei um amigo que me fui ver e quase lhe bati...

De Piston a 12.11.2008 às 20:11

Nada a temer. O que mais me custou foi a picada na mão. Não penses que vais estar sempre acordado. Ficas com uma moca grande.

http://opistoneacabecadohomem.blogspot.com/2008/08/3-de-agosto-de-2007.html

De Inútil a 13.11.2008 às 10:59

Pôrra, ò Piston, tenho eu andado a esforçar-me para não pensar na algália e mandas-me um link de um texto com uma descrição relativamente gráfica da coisa. Só me apanham naquela marquesa com cuecas de chumbo.

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